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Saúde Mental nas Empresas: O Crescimento dos Afastamentos por Ansiedade

  • Foto do escritor: Tatiane Volff
    Tatiane Volff
  • 6 de dez.
  • 2 min de leitura
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Nos últimos anos, a saúde mental deixou de ser um assunto invisível dentro das empresas. O que antes era tratado como “problema pessoal” passou a se tornar parte da rotina corporativa, impactando produtividade, clima organizacional e indicadores financeiros. Entre os fatores que mais chamam atenção está o aumento dos afastamentos por ansiedade.

De acordo com dados divulgados por instituições de saúde e previdência, o número de afastamentos relacionados a transtornos mentais cresceu de forma significativa, e a ansiedade aparece entre as principais causas. Em muitas organizações, é o motivo mais citado em atestados médicos, licenças prolongadas e até pedidos de desligamento.

Por que isso está acontecendo?

Existem diversos fatores associados:

  • Sobrecarga de tarefas e metas inalcançáveisFuncionários relatam sensação de pressão constante, medo de falhar e sensação de estar sempre em débito.

  • Ambientes tóxicos e relações desgastantesFalta de comunicação, liderança rígida, fofocas, competitividade extrema e assédio são fatores que adoecem rapidamente.

  • Falta de preparo emocional para lidar com mudançasO mercado está acelerado, exigindo adaptação constante, inovação e resiliência, o que nem sempre é fácil de sustentar.

  • Dificuldade em equilibrar vida pessoal e profissionalMuitos colaboradores sentem que “vivem para trabalhar”, com pouco tempo para autocuidado e descanso.

O que a ansiedade causa no colaborador?

A ansiedade não é apenas preocupação. Ela pode trazer:

  • irritabilidade

  • insônia

  • dificuldade de concentração

  • taquicardia

  • medo antecipatório

  • sensação de culpa e fracasso

  • crises de pânico

Esses sintomas diminuem a capacidade de tomar decisões, resolver problemas e se relacionar com colegas e líderes. A consequência é o afastamento.

Os custos para a empresa são altos

Além do impacto humano — que é o mais importante —, o adoecimento mental gera custos:

  • queda de produtividade

  • retrabalho

  • rotatividade

  • aumento de atestados e licenças médicas

  • perda de talentos

Empresas que ignoram esse cenário acabam perdendo sua força competitiva, porque pessoas sobrecarregadas não conseguem entregar com qualidade.

O que as organizações precisam fazer?

Não é sobre “dar palestra de motivação”. É sobre criar uma cultura que ampare a saúde mental:

✔️ treinamento de liderança para comunicação não violenta✔️ políticas claras sobre assédio e conflitos✔️ escuta ativa e clima de segurança psicológica✔️ gestão de carga de trabalho✔️ programas de acolhimento e apoio emocional✔️ incentivo ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal✔️ acompanhamento contínuo de indicadores de adoecimento (NR-1 e riscos psicossociais)

Quando a empresa olha para as pessoas, elas respondem com engajamento, inovação e retenção.

Saúde mental é estratégia

As empresas mais saudáveis não são as que têm menos problemas, mas as que sabem conversar sobre eles. O colaborador que sente segurança psicológica trabalha melhor, cria mais e permanece na organização.

Cuidar da saúde mental no trabalho não é um luxo moderno — é uma necessidade estratégica para sustentar crescimento, clima e resultados. Ignorar esse movimento é caro demais.

 
 
 

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